Prepare-se para esquecer tudo o que você conhece sobre contos de fadas. A clássica história de Cinderela acaba de ganhar uma versão bem diferente, sombria e cheia de críticas à obsessão pela beleza. O filme The Ugly Stepsister acaba de ter seu primeiro trailer divulgado e já está dando o que falar.
A produção chamou a atenção logo na sua primeira exibição durante o Festival de Sundance 2025, onde recebeu uma avaliação altíssima. Com uma pegada provocativa e desconfortável, o filme promete dividir opiniões e entregar uma experiência intensa, tanto visual quanto emocional.
A história de The ugly stepsister
The Ugly Stepsister traz uma abordagem bem diferente da fábula tradicional. A trama acompanha Elvira, uma das meias-irmãs de Cinderela, que vive em um reino onde a beleza é tratada como um negócio brutal. Nesse universo distorcido, ser bonita não é só uma vantagem, mas uma questão de sobrevivência.
Determinada a conquistar o príncipe, Elvira está disposta a fazer qualquer coisa para se destacar e superar sua bela meia-irmã, Cinderela. O filme mergulha no lado mais sombrio dos contos de fadas, questionando padrões e mostrando até onde uma pessoa pode ir para se encaixar no que a sociedade exige.
Elenco que dá vida à história
O elenco de The Ugly Stepsister é formado por grandes nomes do cinema europeu. Lea Myren, Thea Sofie Loch Naess e Ane Dahl Torp lideram a produção e entregam atuações marcantes, que ajudam a construir a atmosfera pesada e intensa do longa.
As performances são fundamentais para transmitir o desconforto e o impacto emocional que a história exige, colocando as personagens em situações extremas e mostrando suas transformações ao longo da trama.
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Crítica compara The ugly stepsister com A substância
Durante o Festival de Sundance 2025, The Ugly Stepsister foi assistido e recebeu uma avaliação de cinco ovos, uma das notas mais altas possíveis. Na crítica, Caio Coletti faz uma análise profunda sobre a proposta do filme e traça paralelos com A Substância, outra produção recente que aborda temas parecidos.
“Se, em A Substância, Fargeat se apropriou dos chavões do olhar libidinoso do cinema masculino para criar um filme que prende o espectador no que é essencialmente um teste de moralidade (do lado de quem você está? você ficou com tesão nessa cena?), em The Ugly Stepsister a apropriação é outra. Blichfeldt, aqui, revela a falsidade inerente de tudo o que se conhece como culturalmente feminino, inclusive a narrativa sobre os sacrifícios que garotas fazem para alcançarem o padrão de beleza do tempo em que vivem. A realidade, nos propõe a diretora, é muito mais maldosa, muito mais pérfida, e muito mais extrema do que os discursos higienizados que se fazem sobre o assunto.
O resultado é um filme que apela para os nossos instintos básicos, ultrapassa nossas barreiras morais e estéticas mais enraizadas. Enfim, pode ser que nem todo mundo goste de The Ugly Stepsister (assim como nem todo mundo gostou de A Substância), mas pode apostar em uma coisa: todo mundo vai estar prestando atenção nele”, escreveu Coletti na crítica.

Diretoras e suas visões provocativas
A diretora Blichfeldt deixa claro que a proposta de The Ugly Stepsister não é agradar a todos, e sim provocar reflexão e desconforto. O filme levanta questionamentos sobre os padrões culturais associados ao feminino e mostra que, por trás dos contos de fada, existem narrativas bem mais sombrias.
Essa abordagem tem gerado bastante debate entre os críticos e o público, que dividem opiniões sobre até onde esse tipo de provocação pode ou deve ir dentro do cinema.
A expectativa é alta, e tudo indica que o longa será um dos lançamentos mais comentados do segundo semestre, especialmente entre quem gosta de filmes que fogem dos padrões e trazem reflexões importantes sobre sociedade e cultura.