O terror tem o poder de cativar e, às vezes, de superar suas próprias criações passadas. É isso que ocorre com alguns remakes, que chegam não só para revitalizar suas narrativas originais mas para, surpreendentemente, superá-las. Afinal, em uma era dominada por reboots e remakes, alguns se destacam por sua capacidade de reformular e intensificar a experiência de terror, provando que é possível, sim, melhorar a receita.
Confira a baixo os 7 remakes de terror:
A Casa de Cera
Em 2005, o diretor Jaume Collet-Serra trouxe uma nova visão para A Casa de Cera, originalmente lançado em 1953 e, por sua vez, um remake de O Mistério do Museu de Cera de 1933. O que faz a versão de 2005 destacar-se é a maneira como os vilões são apresentados. Ao explorar suas origens e as motivações por trás de suas ações sinistras, o filme consegue não apenas atualizar a história, mas também acrescentar uma camada de profundidade que falta nas versões anteriores.
A Bolha Assassina
Dirigido por Chuck Russell, o remake de 1988 de A Bolha Assassina, original de 1958, oferece uma nova leitura sobre a ameaça gelatinosa alienígena. Este filme melhora significativamente elementos como a caracterização dos personagens e os efeitos especiais, além de introduzir uma origem mais complexa e intrigante para a criatura, o que contribui para uma experiência mais rica e envolvente para o público.
Viagem Maldita
Alexandre Aja assumiu a direção do remake de Viagem Maldita, um clássico de Wes Craven de 1977. A versão de 2006 consegue intensificar a atmosfera de terror, apresentando cenas de violência mais impactantes e um final que deixa os espectadores à beira do assento. Esta abordagem mais crua e direta faz com que o remake se destaque frente ao original, apesar do reconhecimento cult deste último.
A Mosca
Em 1986, David Cronenberg reimaginou A Mosca, que havia sido levado aos cinemas em 1958. O filme de Cronenberg não apenas captura a essência horrível de sua premissa—um cientista transformando-se em uma criatura parte mosca, parte humana—mas também aprofunda a tragédia e o terror psicológico, superando de longe o filme de 1958 que se concentrava mais na atuação de Vincent Price do que nos elementos de horror da história.
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A Coisa
John Carpenter’s A Coisa, um remake do filme de 1951 A Coisa do Outro Mundo, é um triunfo do cinema de terror. Lançado em 1982, o filme explora a paranoia e o medo com efeitos especiais inovadores que permanecem impressionantes. A habilidade de Carpenter em criar uma atmosfera de suspense e horror é inigualável, fazendo deste filme um exemplo clássico de como um remake pode superar o original.
O Homem Invisível
A mais recente reinvenção de O Homem Invisível, dirigida por Leigh Whannell e lançada em 2020, é outro exemplo de um remake que supera o original. Este filme atualiza a história com temas contemporâneos, explorando as dinâmicas de um relacionamento abusivo sob uma nova luz, e adiciona uma camada de suspense psicológico que não estava presente no filme de 1933.
It: A Coisa
It: A Coisa, adaptado do famoso livro de Stephen King, teve sua primeira versão televisiva em 1990 e foi refeito em uma série de dois filmes entre 2017 e 2019. Os filmes mais recentes são notavelmente superiores, com uma representação mais fiel e aterradora do palhaço Pennywise, excelentes efeitos visuais e uma narrativa que mantém os espectadores engajados e assustados, algo que a versão televisiva anterior não conseguiu realizar tão efetivamente.
Em cada um desses remakes, os diretores e roteiristas não só honraram as narrativas originais mas também as elevaram, explorando novas tecnologias, sensibilidades modernas e profundidades emocionais que apenas enriqueceram a experiência do horror. É essa capacidade de reinventar e revitalizar que mantém o gênero de terror tão vibrante e relevante no cinema contemporâneo.