Demolidor: Renascido chegou ao fim de sua primeira temporada provando que a Marvel ainda pode fazer televisão de qualidade, madura e cheia de nuances. Com um roteiro que mistura ação intensa, crítica social e dilemas morais, a série não teve medo de mergulhar fundo em temas delicados, como abuso de poder, violência policial e corrupção institucional. O resultado foi um encerramento poderoso que já deixa claro: o que vem por aí será ainda mais explosivo.
O último episódio conecta todas as pontas da temporada em uma conclusão densa e emocionalmente carregada. Com momentos de tensão, reviravoltas inesperadas e uma participação eletrizante de Frank Castle, o Justiceiro, a série não apenas prepara o terreno para a próxima fase da história de Matt Murdock, como também reafirma a importância de seu legado como vigilante. A seguir, vamos destrinchar os principais acontecimentos desse final avassalador.

O plano de Fisk finalmente revelado
A mente criminosa de Wilson Fisk, interpretado brilhantemente por Vincent D’Onofrio, alcança novos níveis de crueldade. O episódio revela que o verdadeiro objetivo do Rei do Crime é transformar Red Hook, uma zona livre de impostos em Nova York, em um império financeiro fora da alçada do governo. O local, por não fazer parte da jurisdição americana, é o cenário ideal para lavagem de dinheiro e transações ilegais de alto nível.
Matt e Karen descobrem o plano graças à investigação de Foggy, que foi assassinado após chegar perto demais da verdade. Vanessa, esposa de Fisk, aparece como peça-chave do esquema e é a responsável por recrutar Poindexter após manipulá-lo emocionalmente para eliminar Foggy e proteger o segredo do Red Hook.
Matt baleado, Heather envolvida e Karen de volta
A situação se complica quando Matt é baleado por Fisk e levado ao hospital, onde confunde Heather com Karen. A confusão emocional e física do herói contribui para que Heather aceite trabalhar no novo departamento de saúde mental proposto por Fisk, selando sua conexão com o vilão. Enquanto isso, Karen retorna à trama e reencontra Matt, iniciando a corrida para impedir os planos de Fisk.
A dinâmica entre os dois ganha força novamente, especialmente depois de descobrirem que a situação é ainda pior do que imaginavam. A cidade está prestes a cair em um regime de lei marcial, com ordens diretas de matar vigilantes e suprimir qualquer forma de resistência.
O Justiceiro chega com tudo
A grande surpresa do episódio vem com a chegada de Frank Castle, vivido por Jon Bernthal. Ao receber uma ligação de Karen, Frank retorna, raspa a barba, corta o cabelo e assume sua identidade como Justiceiro mais uma vez. Sua interação com Matt é um dos pontos altos do episódio cheia de tensão, ironia e respeito mútuo.
A ação explode quando os dois enfrentam juntos os homens enviados para matar Matt. A brutalidade de Frank ao eliminar seguidores que vestem sua icônica caveira é simbólica e violenta. Ele se recusa a deixar o Demolidor matar o líder dos agressores e, no momento em que uma granada é lançada no apartamento, os dois pulam pela janela, deixando a destruição para trás.
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Karen e Matt investigam, Frank segue em missão solo
Após a fuga, Karen e Matt vasculham os arquivos da antiga Nelson, Murdock & Page para entender todos os detalhes do esquema em Red Hook. Já o Justiceiro parte em uma missão solo, guiado por um senso de justiça particular. Ao invadir o local onde policiais corruptos se reúnem com Fisk, ele protagoniza uma das cenas mais impactantes da temporada: enfrenta e mata vários deles, mas acaba capturado.
Preso e cercado por homens que usam sua imagem como símbolo, Frank encara uma das situações mais desconfortáveis da sua trajetória. Ele sabe o que criou e odeia o que vê. A atuação de Bernthal nessa sequência é intensa e crua, mostrando um Justiceiro ciente de sua influência negativa.
A cena pós-créditos e o que esperar da próxima temporada
Na cena pós-créditos, vemos o Justiceiro escapar da prisão improvisada construída por Fisk, que abriga também o Espadachim de Tony Dalton. Frank quebra o braço de um guarda fã dele, rouba as chaves e foge o que promete uma revanche ainda mais intensa na próxima temporada.
A presença de Jon Bernthal será ainda mais forte nos próximos episódios, com um especial escrito por ele mesmo. A série deve aprofundar a discussão sobre o uso da violência como forma de justiça, principalmente quando seus símbolos são deturpados por aqueles que deveriam proteger.

Uma história sobre cidade, política e resistência
Mais do que uma simples série de super-heróis, Demolidor: Renascido é sobre Nova York e seus habitantes. O episódio final reforça isso com uma montagem poderosa que mostra rostos comuns que cruzaram o caminho de Matt Murdock durante a temporada. Ao som de “Everything in Its Right Place”, do Radiohead, a série sugere que o herói está pronto para liderar não apenas uma luta física, mas também uma revolução social.
A jornada de Matt agora passa por reunir aliados e entender que o Demolidor precisa inspirar a cidade, não apenas salvá-la. O discurso final é de transformação, e o encerramento com Matt e Karen reunindo seus amigos no Josie’s é simbólico: a batalha está longe de acabar, mas a esperança resiste.