A maior diferença de Transformers: O Início para os outros filmes da franquia no século 21 é que, bom, ele é uma animação. Diferente do universo estabelecido por Michael Bay, este longa não é live-action e tampouco inclui qualquer personagem humano. O primeiro trailer do filme, dirigido por Josh Cooley (Toy Story 4), mostra que as novidades não param por aí. Em entrevista a Guilherme Jacobs do Omelete, o cineasta detalhou as principais revelações dessa prévia e explicou as dinâmicas apresentadas, a começar pela amizade entre Optimus Prime e Megatron, aqui interpretados por Chris Hemsworth (Thor) e Brian Tyree Henry (Atlanta).
Optimus e Megatron: Amigos Antes de Inimigos
Optimus Prime e Megatron, antes de assumirem esses nomes e virarem os personagens que conhecemos, são amigos chamados Orion Pax e D-16. Josh Cooley descreve a relação deles como a de irmãos. “Foi isso que me fez ter interesse nesse filme: ver esses personagens que sabemos que vão virar inimigos começando desse jeito próximos. Eu queria que o público se apaixonasse por eles como amigos para que haja aquele sentimento de ‘ah, eu sei que isso vai dar errado.'”
Bumblebee e Elita: Novos Aliados
Além de Optimus e Megatron, outros personagens importantes fazem parte da trama. Bumblebee, ainda conhecido como B127, e Elita são fundamentais na missão. “B127, que eventualmente vira Bumblebee, está num patamar mais baixo e eles precisam da ajuda dele nessa missão. Ele vira um personagem muito importante. Elita, da mesma geração deles, se torna muito importante para Optimus,” explica Cooley.
A Superfície de Cybertron: Um Mundo Desconhecido
Normalmente, o que vemos de Cybertron é a ambientação futurista subterrânea. Cooley revela que o filme se passa antes de Cybertron explodir ou de todos tentarem fugir de lá. “Eu sabia que o planeta inteiro seria feito de metal vivo, e pensei muito em como isso ficaria porque há tantos tipos diferentes de metais. A pesquisa do nosso departamento de arte mostrou que há tantos metais diferentes na Terra e eles são muito lindos quando a luz reflete de uma certa maneira, e há tantas cores. Então pensamos em quem nossos personagens são dentro do planeta, e quem eles são quando vão pra superfície, porque eles nunca foram lá.”
A Habilidade de Transformar: Uma Evolução
Uma das decisões mais intrigantes do roteiro é que os Transformers não possuem a habilidade de se transformar desde o princípio. “Isso estava no roteiro original e foi algo que me surpreendeu quando eu li, porque tive o mesmo sentimento. ‘Pera, eles não podem se transformar? Por que?’ Isso é parte da história. Há uma razão pra isso, não é só algo que acontece com todo Transformer dessa geração. Eu fiquei muito intrigado com isso porque era algo que eu nunca tinha visto… também foi fascinante porque deixa eles crescerem.”
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Comédia de Erros: Transformações Que Dão Errado
O filme também explora as transformações de uma maneira divertida. “Isso era algo que eu queria muito ter nesse filme, porque não temos humanos e robôs. Só robôs. Eu sabia que precisávamos ter personagens muito fortes. Em tudo que eu trabalho, eu sempre faço um teste que é: se você coloca esses dois personagens num elevador, sozinhos, ainda dá pra fazer uma cena divertida? Isso era muito importante pro filme, ver como nossos personagens se transformam. Eles são muito divertidos.”
Os Vilões de Transformers: O Início
Diferente dos filmes típicos de Transformers, que focam no confronto Autobots vs. Decepticons, este filme introduz inimigos diferentes. “A parte boa do filme ser em Cybertron é que ele é um filme no espaço, e isso não significa que todo planeta tem robôs. Há seres diferentes por aí e isso é parte do lore de Transformers. Eu acho que os fãs dedicados vão reconhecer esses personagens que são orgânicos, mais orgânicos que os robôs, o que gera um conflito bem claro.”
Bumblebee: O Favorito dos Fãs
Bumblebee, que cresceu em popularidade com os filmes live-action, também tem destaque na animação. Cooley comenta sobre a importância do personagem: “Bumblebee, se eu me lembro bem, ficou popular nos anos 1980 porque no desenho original ele era o amigo do garoto humano, e todos nós crescemos pensando que podia ser a gente. Há um quê infantil nele que eu acho que sempre esteve lá nas diferentes versões. Ou melhor, não infantil, mas de um personagem inocente que existe nesse mundo intenso e que faz seu melhor para encontrar seu espaço, é uma história legal.”