Dragon Ball Daima avança na representação positiva da comunidade LGBTQ+: Entenda!

Daima

Dragon Ball é uma das franquias mais icônicas do universo dos animes, conquistando gerações de fãs ao redor do mundo. Mas nem tudo são flores na longa trajetória dessa série. Por décadas, a franquia foi criticada por sua abordagem em relação à representação LGBTQ+, marcada por momentos que envelheceram mal e que carregaram conotações negativas. Contudo, Dragon Ball Daima parece estar empenhado em mudar esse histórico com uma abordagem mais inclusiva e respeitosa.

No episódio 6 da série, uma revelação sobre os Glinds e os Kais abriu espaço para uma interpretação LGBTQ+ positiva dentro da narrativa. Essa iniciativa trouxe um novo olhar para Dragon Ball, mostrando que até as mesmas franquias tradicionais podem se adaptar e abraçar a diversidade. Confira como Dragon Ball Daima está marcando um novo capítulo na representação LGBTQ+.

Daima inclui lore LGBTQ+ com os Kais

Daima
Créditos: Max/ Reprodução

O episódio 6 de Dragon Ball Daima trouxe informações adicionais sobre os Glinds, uma raça demoníaca que está diretamente ligada aos Kais. Durante uma conversa, Shin revelou que os Glinds, técnicos, não possuem gêneros definidos. Embora ele tenha se refira a Arinsu como sua irmã, o comentário de Shin deixa claro que os Glinds estão incluídos na comunidade LGBTQ+, sendo considerados assexuados, fluidos de gênero ou não binários.

Essa revelação é significativa porque é a primeira vez que Dragon Ball aborda a questão de gênero de maneira séria, integrando-a na mitologia da série. Antes disso, as menções a questões relacionadas à comunidade LGBTQ+ foram feitas de forma superficial ou humorística, como no caso dos Namekuseijins, que são assexuados, mas cuja biologia foi usada como motivo de piada.

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Histórico problemático com a comunidade

Dragon Ball não tem um bom histórico quando o assunto representa a comunidade LGBTQ+. Algumas cenas das séries anteriores trazem situações que podem ser interpretadas como homofóbicas. Na saga Red Ribbon Army, por exemplo, o General Blue foi ridicularizado por ser gay, enquanto Trunks, no epílogo da série, representou um personagem gay estereotipado no Torneio Mundial de Artes Marciais.

Embora esses exemplos sejam frutos de um período diferente, eles ainda são lembrados como pontos negativos na franquia. É justamente esse histórico que torna a abordagem em Dragon Ball Daima tão significativa, mostrando um esforço de evolução e inclusão.

Representação LGBTQ+ nos animes

Dragon Ball Daima
Créditos: Max/ Reprodução

A inclusão de personagens LGBTQ+ em Daima é um ponto muito importante para os animes em geral, considerando que Dragon Ball é uma das maiores franquias de anime do mundo. Qualquer mudança na narrativa dessa série tem impacto global, ajudando a normalizar as discussões sobre diversidade e inclusão em diferentes culturas.

Embora os animes ainda estejam caminhando lentamente em direção a uma representação mais aberta da comunidade LGBTQ+, iniciativas como essa mostram que há espaço para mudanças. Mesmo que a inclusão em Dragon Ball Daima seja breve, ela marca um avanço importante e contribui para que a franquia se torne mais inclusiva e conectada com seu público.

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Beatriz Martins

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Com mais de 3 anos de experiência, já atuou nas áreas de entretenimento, saúde, tecnologia e política. Apaixonada pela sétima arte, por cultura pop e por tudo que engloba o mundo Geek.
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