MTG: O fenômeno musical que conquistou o Brasil e o Mundo

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Nos últimos meses, uma nova sigla tem dominado as paradas musicais e as redes sociais: MTG. De Seu Jorge a Billie Eilish, ninguém escapa de virar MTG. Entre as dez músicas mais ouvidas no Brasil nesta semana, quatro possuem essas letrinhas no nome. A febre se espalha rapidamente pelo TikTok e Instagram, mas afinal, o que é MTG?

MTGs não são exatamente um estilo musical novo, mas ganharam uma popularidade surpreendente recentemente. Embora possam parecer uma novidade, a prática faz parte da história do funk há décadas.

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Créditos: Reprodução

O que é MTG?

MTG é uma abreviação para “montagem”, uma técnica comum no funk que envolve a “colagem” de sons ou músicas, adicionando novas batidas e efeitos sonoros. Esse formato existe desde os anos 1990, com músicas como “Montagem Jack Matador” fazendo sucesso nos bailes cariocas. Outros exemplos incluem “Montagem do Sax” e “Montagem Power Rangers”.

A Popularização das MTGs

O g1 apurou que a popularização das MTGs, com essa abreviação, é creditada ao funk de Belo Horizonte. Por isso, é comum encontrar elementos do estilo minimalista da capital mineira em muitas músicas desse tipo.

As MTGs conquistaram os mais jovens por meio das redes sociais, principalmente o TikTok, onde versões mais contagiantes e dançantes de músicas já conhecidas pelo público se tornam virais rapidamente.

Desafios Burocráticos para os DJs

Apesar do sucesso, a festa das MTGs também enfrenta problemas burocráticos. DJs encontram dificuldades para obter a liberação das faixas devido a questões de direitos autorais nas plataformas como Spotify.

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A MTG de Seu Jorge que Lidera as Paradas

Uma das MTGs mais populares é “MTG Quem Não Quer Sou Eu”, produzida pelo DJ Topo. Ele usou o timbre inconfundível de Seu Jorge na música “Quem Não Quer Sou Eu” (2011) e lançou uma montagem que tomou conta das redes.

DJ Topo relatou ao g1 que sempre quis usar um vocal de MPB para uma MTG e, ao ver um vídeo no TikTok com a música original de Seu Jorge, percebeu que era a escolha perfeita. Ele misturou trechos de “Maldita de Ex”, do MC Leozin, criando uma versão que viralizou rapidamente.

Com o sucesso da música, DJ Topo e sua equipe buscaram a liberação dos direitos, o que foi conseguido com relativa facilidade. A “MTG Quem Não Quer Sou Eu” ultrapassou 51 milhões de streams no Spotify e chegou ao topo das paradas brasileiras.

Billie Eilish e as MTGs Internacionais

As MTGs também começaram a utilizar músicas internacionais, como é o caso de “MTG Chihiro”, que usa uma faixa do álbum mais recente de Billie Eilish. O produtor Mulú lançou a montagem apenas uma semana após a música original de Billie Eilish, e a MTG rapidamente se tornou popular no TikTok e no Instagram.

Mulú conta que sentiu que a combinação seria perfeita ao ouvir “Chihiro”. Usando um teremim, um instrumento eletrônico, ele criou uma melodia que se entrelaça com a voz de Billie, criando uma mistura mágica com o beat do funk. No entanto, obter a autorização oficial tem sido um desafio.

Direitos Autorais e Futuro das MTGs

Para lançar oficialmente a “MTG Chihiro”, Mulú depende da autorização dos envolvidos na faixa original. Enquanto aguarda, outros DJs têm subido versões da MTG para o Spotify, algumas substituindo vocais e instrumentos para driblar as exigências da plataforma.

Mulú registrou sua parte autoral e está tomando medidas para remover versões ilegais. Ele revelou que Finneas, irmão e produtor de Billie Eilish, ouviu a MTG, mas até agora não houve manifestação sobre a liberação oficial.

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As MTGs estão se destacando no cenário musical, levantando discussões sobre direitos autorais de remixes não oficiais. Com a possibilidade de alcançar novas audiências, as MTGs têm um futuro promissor, apesar dos desafios burocráticos. Fique de olho, pois novas montagens podem estar a caminho, trazendo ainda mais inovação e criatividade para a música.

A febre das MTGs continua a crescer, e com ela, a curiosidade e a expectativa dos fãs por novas criações e colaborações.

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Miguel Marzochi

Formado em Educação Física e posteriormente atuando como redator e editor, consegui unir meus dois interesses: movimento humano e entretenimento. Após anos de experiência em saúde, tecnologia, cinema e música, encontrei minha vocação no Cine Vibes, provando que é possível criar uma trajetória profissional que reflita todas as suas paixões.
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Formado em Educação Física e posteriormente atuando como redator e editor, consegui unir meus dois interesses: movimento humano e entretenimento. Após anos de experiência em saúde, tecnologia, cinema e música, encontrei minha vocação no Cine Vibes, provando que é possível criar uma trajetória profissional que reflita todas as suas paixões.